Ao todo, nove mandados de busca e apreensão são cumpridos em endereços da região metropolitana de Belo Horizonte
Empresários do setor financeiro suspeitos de sonegar R$ 116 milhões em impostos municipais, estaduais e federais são alvos de operação da Polícia Civil (PCMG), na manhã desta sexta-feira (4 de agosto). Ao todo, nove mandados de busca e apreensão são cumpridos em endereços da região metropolitana de Belo Horizonte. Um suspeito foi conduzido.
De acordo com a PC, os suspeitos são três irmãos, dois homens e uma mulher. A ação foi iniciada às 5h desta sexta e ocorre em, ao menos, três bairros da capital. No bairro Manacás, na região da Pampulha, os agentes fizeram buscas em um prédio onde reside uma mulher, de 67, suspeita de ser responsável por armazenar os documentos do esquema fraudulento. No entanto, a mulher não foi encontrada.
A empresa dos suspeitos funciona na Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa). De acordo com a PC, o endereço é um dos alvos de mandados de busca e apreensão nesta manhã. A reportagem questionou o Ceasa Minas sobre o caso e aguarda retorno.
Esquema
Segundo a instituição, os investigados há mais de um ano são suspeitos de serem responsáveis pela abertura de novas empresas em nomes de laranjas. Conforme a PC, os irmãos já haviam sido condenados anteriormente pelo mesmo crime e, por isso, abriram uma nova empresa, no nome da irmã, para continuar com o esquema.
De fachada, a empresa funcionava como factoring, mas atuavam como agiotas, além de sonegar impostos, o que justifica o lucro. Na casa de luxo de um dos irmãos, de 55 anos, no bairro Castelo, na região da Pampulha, a Polícia Civil encontrou cerca de R$ 100.000 em dinheiro, drogas e uma arma. O proprietário do imóvel já tem passagens por tentativa de homicídio, segundo a PC.
Fonte: O Tempo