Caso de corrupção passiva e lavagem de dinheiro foi denunciado pelo MPMG no Hospital Municipal de João Pinheiro

 

Um ex-diretor do Hospital Municipal de João Pinheiro, no Noroeste de Minas Gerais, foi denunciado ao lado de outras duas pessoas, pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Entre os anos de 2020 e 2022, em plena pandemia de Covid-19, os envolvidos cobravam de R$ 650 a R$ 3 mil dos familiares de pacientes para “agilizar” transferências ou procedimentos cirúrgicos.

Segundo o órgão, a apuração indicou que o ex-diretor da unidade de saúde, valendo-se do cargo, cobrava os valores e, por vezes, recebia as vantagens indevidas para si ou para os outros dois denunciados. Segundo a promotoria responsável, se condenados pelos crimes cometidos, os envolvidos poderão pegar de 2 a 12 anos de prisão.

“Em um dos casos de obtenção de vantagem indevida, apurado pelo MPMG, no mês de março de 2022, um paciente, que estava internado no Hospital Municipal de João Pinheiro aguardando vaga para realização de uma cirurgia de prótese de cabeça femoral só consegui ser operado após pagar a quantia de R$ 3 mil”, detalhou o MPMG.

Ainda de acordo com o órgão, enquanto aguardava pelo procedimento, o paciente estava sentindo fortes dores e precisava de usar medicamentos à base de morfina. Inconformada com a situação, a filha procurou o ex-diretor do hospital, quando o homem requisitou a vantagem indevida para que o pai dela fosse transferido e tivesse a sua cirurgia realizada.

Sem condições financeiras de arcar com a quantia, o paciente então procurou o seu ex-genro, que fez o pagamento ao ex-diretor por transferência bancária. “Após o pagamento ser realizado, o paciente foi transferido para Belo Horizonte, onde realizou a cirurgia”, finaliza a promotoria.

Fonte: O Tempo