Bancada do agronegócio no Congresso ainda pede convocação do ministro da Educação e esclarecimentos sobre a banca examinadora do Enem 2023
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), mais conhecida como bancada do agronegócio, pediu nesta segunda-feira (6/11) a anulação de três questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, por considerá-las “de cunho ideológico” e “mal formuladas”.
O primeiro dia de provas do exame aconteceu no último domingo (5/11) e trouxe 90 questões de múltipla escolha de provas de linguagens, ciências humanas, além da redação. As provas de ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias serão aplicadas no próximo domingo, 12 de novembro.
“As perguntas são mal formuladas, de comprovação unicamente ideológica, e permitem que o aluno marque qualquer resposta, dependendo do seu ponto de vista”, diz a bancada, em nota.
A FPA ainda pede a convocação do ministro da Educação, Camilo Santana, para audiências na Câmara e no Senado, e informações do MEC sobre a banca que elaborou as questões da prova deste ano, com referências bibliográficas utilizadas para a construção do exame.
Em nota (leia a íntegra abaixo), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova, disse que as questões são elaboradas por professores independentes, selecionados por meio de edital de chamada pública para colaboradores do Banco Nacional de Itens (BNI), e que o órgão não interfere nesse processo.
O que dizem as questões indicadas pela bancada do agronegócio
Os parlamentares pedem a anulação das questões 70, 71 e 89, que tratam de temas relacionados ao desmatamento, às populações indígenas e ao agronegócio.